Saque do auxílio emergencial é antecipado em alguns dias para aprovados do terceiro lote
Trabalhadores do terceiro lote do auxílio emergencial terão o calendário do saque antecipado em até quatro dias. A medida anunciada pela Caixa, nesta sexta-feira (10), atinge os beneficiários nascidos entre agosto e dezembro, que foram aprovados no início de junho e ainda estão recebendo a primeira parcela do auxílio.
No novo calendário, os nascidos em agosto e setembro poderão sacar e transferir o valor do auxílio emergencial na próxima segunda-feira (13). Já os aniversariantes de outubro a dezembro, poderão fazer o saque e transferência no dia 14 de julho.
Os beneficiários nascidos de janeiro a julho seguem com o calendário mantido. A mudança também não atinge os beneficiários do Bolsa Família, que seguem o calendário próprio do programa.
Segundo a Caixa, entre 16 e 17 de junho, os valores de R$ 600 e R$ 1.200 já haviam sido depositados para esse público na Poupança Social, de maneira escalonada, conforme a data de aniversário do trabalhador.
Confira o novo calendário de saque:
Nascidos em: Nova data:
Agosto 13 de julho
Setembro 13 de julho
Outubro 14 de julho
Novembro 14 de julho
Dezembro 14 de julho
Falta planejamento
A falta de organização do governo federal para planejar as ações de combate à pandemia tem atingindo as famílias que ainda aguardam para receber o auxílio emergencial e sofrem com a crise.
Um exemplo é que mais uma vez o governo demora em divulgar quando serão pagas as demais parcelas do auxílio emergencial para esse grupo que teve o saque antecipado.
Segundo o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, a confusão do governo federal e da direção da Caixa tem provocado dúvidas na população e deixado os empregados do banco público sobrecarregados.
"Nós estamos alertando o governo e a direção da Caixa desde o início da pandemia: falta planejamento e quem está sofrendo é a população e os empregados da Caixa", avaliou Takemoto.
O auxílio emergencial é fundamental para as famílias que estão sofrendo com as consequências da crise causada pela Covid-19. O recurso também impacta diretamente na economia, promovendo o consumo, auxiliando na arrecadação das cidades. Para o presidente da Fenae, o auxílio emergencial precisa ser prorrogado até o final da pandemia. "Estamos juntos com todos os movimentos sociais, sindicais, defendendo a manutenção dos R$ 600 até o fim da pandemia para que a população possa sobreviver nesse momento", afirmou Takemoto.