11/07/2019 20:06

“Busquei refúgio na quadra, onde esquecia que estava doente”, diz atleta

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Quem vê a vitalidade de Tatiane Kolln Fantinati, a Tati, jogando no time de vôlei da APCEF-PR, em Maringá, não imagina o adversário que ela enfrentou em 2016. Com um bebê de dois meses, a atleta descobriu que estava com câncer de mama e gânglios em metástase nas axilas.

Após o diagnóstico, Tati procurou ajuda médica e iniciou o tratamento. Fez cirurgia, radioterapia e quimioterapia, mas uma de suas maiores terapias foi o vôlei. “Busquei refúgio na quadra, mesmo que não treinasse. Lá esquecia que estava doente, dava risada com as amigas”, conta a associada. “Além da família, amigos e orações, o vôlei me ajudou muito nesse momento ruim”.

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Em razão da cirurgia, ocorrida em 2017, afastou-se das quadras por um período. Naquele momento, também recebeu a notícia do médico de que não deveria forçar o braço direito, pois ele poderia ficar debilitado. Logo Tati pensou: “Como vou fazer agora para jogar?”.

Superação e acolhimento
Apesar do choque inicial da recomendação, não desistiu e, aos poucos, voltou a treinar. A atleta percebeu que não sentia dor no braço direito e até o médico reconheceu que ela deveria “se jogar” e praticar uma de suas maiores paixões. Segundo Tati, os treinos, realizados duas vezes por semana, davam até mais energia para as sessões de quimioterapia.

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Praticante de vôlei há 10 anos, dos quais cinco na equipe da APCEF-PR, Tati compete em jogos de Maringá e região. As irmãs, Lais e Daniele, também fazem parte do time, além dos dois filhos, de 3 e 7 anos, participarem de atividades e instalações da sede regional. “A APCEF é como se fosse nossa casa”, resume a atleta, que ainda compartilha de momentos na associação com o marido.

Lições para o resto da vida
Aos 39 anos, sentindo-se bem e curada, Tatiane Fantinati conta que, após a doença, mudou conceitos e atitudes. “Hoje agradeço mais do que peço e não desisto ou nem me abalo com algo facilmente”, avalia a sócia.

Outra lição tirada disso tudo foi a importância do esporte em sua rotina. Para Tati, o vôlei e outras modalidades proporcionam ânimo, disciplina, teste de limites e relacionamento – sacadas essenciais para ter mais qualidade de vida.

 

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