09/05/2020 23:49

Como bancárias associadas conciliam o papel de mãe na pandemia

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Quando Rejane Ajus Fávero sai de casa por volta das 7h, os filhos Raj e Amanda, de 5 e 11 anos, estão dormindo. Antes, porém, ela faz questão de dar um beijinho de leve em cada um. Como gerente de pessoa física da Caixa, a cena é um incentivo para enfrentar uma verdadeira maratona na agência Juvevê, de Curitiba, em tempo de pandemia de coronavírus. A correria da sócia bancária inclui auxílio em diversas frentes, como pagamento do bolsa-família – área que não atendia -, atenção ao filho nas tarefas escolares pouco depois que fecha a agência e retorno para resolver mais compromissos.

A rotina intensa de Rejane retrata, em maior ou menor escala, mudança de hábitos de trabalhadoras da Caixa, especialmente aquelas que são mães. Neste momento, em que o banco é o único responsável pelo pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais, as atividades se multiplicam e as opções de escolha diminuem. Parte das empregadas que têm filhos trabalham na linha de frente e outro grupo em sistema de home office, mas todas buscam conciliar tarefas e, ao final do dia, encontrar aqueles que ama. Com relato de boa parte delas, que também são associadas, a APCEF-PR presta seu reconhecimento e homenagem a todas mães.

“Ser mãe na pandemia é se exceder em cuidados para proteger sua família, lembrando sempre dos EPIs disponibilizados da Caixa. É contar os minutos para chegar em casa e ser recebida pelos filhos, ansiosos pela sua companhia e atenção, mesmo depois de um dia exaustivo”, resume Rejane, dizendo que, depois de percorrer mais de 8 mil passos por dia na agência, ainda encontra energia para dedicar um tempo especial às crianças. Ela também conta com a ajuda do marido e da cunhada.

Tempo de qualidade é prioridade
Depois de oito horas de trabalho, a bancária Polyana Perine Bueno, de Londrina, também considera “sagrado” o período que passa com sua filha Liz, de um ano e meio. “Quando estou em casa, sou praticamente 100% dela. Pintamos com tinta, dançamos, brincamos de esconde-esconde, lemos livrinhos. Aí ela vai cansando, mama e dorme”, conta.

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Neste período de cuidado redobrado com higienização, no entanto, Polyana teve de fazer adaptações em seus costumes. Segundo ela, logo que entra em casa, tira os sapatos, as roupas e corre para o banho, para só depois se sentir segura para abraçar sua filha, que, até então, fica sob os cuidados do pai.

Mudanças drásticas também ocorreram em sua rotina na Caixa. Gerente de carteira de PF da agência Universidade Estadual de Londrina (UEL), Polyana está atuando em outras unidades, até mais de uma por dia -, devido a grande demanda do auxílio emergencial. Diante de tanta movimentação, ela adotou a oração no início e fim do dia, para abençoar a saúde da família e de seu dia no trabalho.

Carinho que recarrega as energias
Adriana dos Santos Leite está na ativa em sistema de home office, o que não quer dizer uma agenda com poucas tarefas. De manhã, ela arruma o café enquanto os filhos, Letícia, de 7 anos, e Lucas, de 9, acordam. Só não demora muito para chamá-los, porque montou seu “escritório” no quarto da menina.

Técnica bancária da agência Juvevê, Adriana faz negociações referentes à previdência, cartões, mas também ajuda clientes que precisam saber sobre benefícios e outros assuntos, buscando evitar aglomeração nas agências. De vez em quando, ela dá uma fugidinha para ver se os filhos estão bem e, como retribuição, recebe demonstrações de afeto. “Eles pedem se quero um café ou simplesmente dão um abraço – carinho que recarrega as energias”, relata.

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Em suas atribuições atuais, consta também o auxílio nas atividades escolares dos filhos, com videoaulas, apostilas e plataformas diferentes. Apesar do esforço, Adriana Leite reconhece que não é uma tarefa fácil “ensinar” os pequenos. “Não somos educadores, então, surgem dificuldades. O que ameniza este momento é o fato de estarmos em casa e, assim, eles se sentem mais seguros".

Grávida em período de coronavírus
O ingresso nesse mundo da maternidade é novidade para a técnica bancária Sirlene Vilasboas. Com quatro meses de gestação, ela vive sua primeira gravidez em tempo de pandemia. “Não foi algo planejado, mas o instinto materno desabrochou e Maria Clara será muito bem-vinda”.

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Mesmo grávida, Sirlene não mede esforços para dar conta de diversas atividades da agência de Campina Grande do Sul, em sistema de teletrabalho. Ela faz de tudo um pouco – desde questões de liberação de alvará até as relacionadas ao auxílio à renda. Segundo a bancária, a equipe de trabalho está reduzida e é preciso cooperar.

Os cuidados com a família, agora, também requerem mais atenção.“Como mãe pela primeira vez, estou descobrindo o verdadeiro amor e a proteção da Maria Clara é prioridade”, reforçou.

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