24/01/2020 14:22

Conheça a história de associados que mudaram de vida após a aposentadoria

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Depois de uma vida de trabalho, chega o tempo de tirar o pé do acelerador e mudar a rotina. Aposentadoria, porém, não significa estacionar ou ficar apenas em casa. É a fase em que a pessoa define seu cronograma, pensando em cuidar mais de si e de familiares.

Na prática, significa mais tempo para passear com o marido ou a esposa, curtir os filhos ou, ainda, conhecer novas companhias. É o momento de tirar antigos projetos da gaveta, estudar e aprender novas atividades. Manter a mente e o corpo ativos é fundamental para a qualidade de vida de quem se aposenta.

No Dia do Aposentado, comemorado nesta sexta-feira (24 de janeiro), a APCEF-PR conta a história de associados que se aposentaram e sentem-se realizados. Em comum, eles têm vários anos de trabalho na Caixa e a mudança de vida depois que chegaram a essa fase.

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Atleta versátil
Aposentado há 22 anos, Otavio Dias Pereira aproveitou, durante alguns anos, o aconchego do lar e viajou com a esposa para os Estados Unidos e países da Europa. Mas foi a partir de 2011, aos 65 anos, que ele descobriu uma nova motivação para sua vida: o esporte.

Otavio participou dos Jogos da Fenacef, que reúne atletas aposentados da Caixa de todo o país, e não parou mais. Jogou xadrez para experimentar e futebol, modalidade que tinha mais experiência. Um ano depois, conquistou sua primeira medalha no futsal – e de ouro. Em 2013 e 2014, enveredou para o vôlei, porém, só no ano seguinte descobriu sua principal vocação, a natação.

“Aprendi a nadar no rio de Antonina, quando tinha 14 anos. Mas piscina é diferente, tem regras e técnicas, inclusive de respiração. Passei a treinar e, além de competir, sou coordenador de natação da AEA-PR. Nossa equipe está bem e temos grandes chances de medalhas nestes Jogos da Fenacef”, conta.

Aos 74 anos, Otavio treina para mergulhar na piscina em Fortaleza (local dos Jogos), mas também para dar passadas rápidas na pista de corrida. Desde 2016, ele corre 5 quilômetros e, se for convocado, diz que estará preparado. “Sem o esporte, estaria parado e sedentário. Conta também nessa hora o apoio da família, porque nem todos entendem o horário de treinos e outros hábitos”.

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O sonho da Psicologia
Quando se aposentou há 20 anos, Ercilia Lucia Christo logo abriu seu consultório de Psicologia e realizou o sonho que tinha sido adiado durante o período em que trabalhou na Caixa. Ela se formou em 1990, na época em que era empregada, e até tentou conciliar as duas atividades, mas não foi possível.

Mesmo assim, não desistiu de pensar na sua futura carreira profissional. Depois que atendia o caixa ou, alguns anos depois, trabalhava na área de treinamento, aproveitava algumas noites para fazer cursos de Psicologia e se atualizar. “Estava me preparando para o momento de sair da empresa e seguir meu sonho”, reforça.

Com 67 anos, além de atuar na área clínica, coordena o curso de Psicologia Transpessoal na Unipar/PR. Credenciada do Saúde Caixa, ela atende colegas e, na linha da busca pela vocação pessoal, ajuda inclusive quem está na fase da aposentadoria.

“A primeira sensação de quem se aposenta é a de que está em férias. Depois, vem o momento de buscar alguma atividade que gosta. Para alguns, é mais fácil encontrar; para outros, é preciso descobrir as possibilidades com base no que se sabe fazer. A autovalorização é ideal nessa fase”, avalia a psicóloga.

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Viajantes de Motorhome
O casal Fábio e Mírian Carnelós, de 55 e 49 anos, se aventurou por um caminho diferente e ousado, após se desligarem da Caixa em 2016. Compraram o “Dito”, motorhome de 8,5 metros para seis pessoas e abraçaram o campismo como estilo de vida. Nos últimos três anos, com sua casa sobre rodas, eles rodaram 35 mil quilômetros pelo Brasil.

Fábio, que foi superintendente regional em Curitiba, conta que ele e Mírian, ex-gerente de agência, sempre pensaram em realizar algo diferente quando chegassem à aposentadoria. Segundo ele, a ideia de comprar o Dito surgiu, porque o casal tinha experiência em acampar de barraca, na época em que os filhos eram crianças, mas deixaram de lado à medida que cresceram.

“Quando nos aposentamos, avaliamos as opções de Motorhome e escolhemos o Dito. O campismo trouxe novas amizades e possibilitou reencontrar antigos amigos. Hoje, temos até os ‘Caixeiros Viajantes’, grupo de campistas colegas e aposentados da Caixa, com mais de 30 membros”, ressalta.

A pergunta que não quer calar é o custo para fazer as viagens. Fábio responde com tranquilidade: “Precisamos de uma tomada e uma torneira com água. O Dito é todo equipado, com cozinha, banheiro e três TVs, e ficamos nas APCEFs, Pastoral Rodoviária e em lugares onde podemos parar”.

Para Fábio e Mírian, a vida de aposentado não é considerada melhor nem pior que a vida de atividade profissional. “Ela é apenas uma nova fase que deve ser muito feliz. Depende apenas de encararmos este momento plenamente e fazer o que se gosta também”.

Este ano o casal pretende desembarcar no Uruguai e retornar às regiões do Centro-Oeste e Nordeste, onde visitaram belas cidades em uma viagem de 120 dias. Em 2021, os destinos previstos são Argentina e Chile. Em seus planos ainda está o sonho de conhecer o Alasca.

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Negócio de seguros e previdência
Elena Palacios Navarro, de 52 anos, é proprietária da Quantum, corretora de previdência e seguros e, segundo ela, o negócio vai bem. Há quase dois anos, quando se aposentou pela Caixa, porém, nem passava pela sua cabeça enveredar por essa área.

Inicialmente, ela queria curtir mais a companhia filha, já que não conseguiu acompanhar seu crescimento como gostaria. Passaram-se seis meses e Elena sentiu a necessidade da interação que tinha com colegas do banco e buscou uma atividade que a satisfizesse.

Devido à situação crítica da Funcef, interessou-se por um curso de previdência, que mudou sua rota profissional e pessoal. “Era um desafio. Passei a entender melhor esse ramo e, agora, vendo diversos tipos de seguros, desde o de vida até o de viagem. Como trabalho em home-office e com horário marcado, converso com meus clientes, inclusive colegas da Caixa, e não me canso”.

Para Elena Navarro, é importante se preparar para a aposentadoria, independente do sucesso que se vai ter. “Nos primeiros meses dessa fase, é bom curtir a família e viajar. Não precisa se cobrar tanto. Depois, vem a inspiração”, conclui.

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