Chamados de economiários, os empregados da Caixa Econômica Federal são homenageados no dia 22 de maio. A data celebra o Dia do Economiário, que tem origem relacionada a um tema bem atual: a reivindicação dos então “servidores do banco”, pela criação de um instituto de previdência para eles.

O projeto, que se chamaria Serviço de Assistência e Seguro Social dos Economiários (Sasse), seguiu em 1947 para o Congresso Nacional. Após o trâmite de vários anos e vetos parlamentares, a proposta só chegou ao presidente Juscelino Kubitschek, em 21 de maio de 1957, na presença de Ulisses Guimarães, que foi decisivo na tramitação do processo. Juscelino transformou o projeto em lei, no entanto, no dia seguinte, 22 de maio, quando o ato foi divulgado e a data passou a ser comemorada.

O Sasse, apreciado por antigos empregados da Caixa, funcionou até 1977. Então, o órgão foi extinto por lei federal e seu patrimônio e de seus segurados passou para o INPS (hoje INSS), em pleno regime militar. Em substituição ao Sasse, nasceu a Funcef – Fundação dos Economiários Federais. Em reportagem da revista Fenae Agora, de 2007, o saudoso vice-presidente da Fenacef, Carlos Levino Vilanova, lembrou que, por problemas de diversas ordens, a situação do Sasse era bastante complicada quando foi extinto e o instituto de certa forma determinou a existência da Fundação.

O economiário aposentado, Joaquim Roberto, destaca que, além da contribuição obrigatória ao Sasse repassada ao INPS, foi necessário contribuir com a Funcef. “Em certos casos, a contribuição previdenciária mensal quase dobrou”, contou o aposentado.

A Fundação se tornou o terceiro maior fundo de pensão do país, mas passou a enfrentar denúncias e dificuldades por gestões fraudulentas e temerárias anteriores. Devido a irregularidades, continua o equacionamento de deficits, que geram o desconto de contribuições extraordinárias por parte de participantes e assistidos.