28/08/2020 20:46

No Dia do Bancário, categoria lembra histórico de lutas e inspira-se para atual negociação

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Há 49 anos, uma grande mobilização da categoria bancária marcou o movimento por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A paralisação, realizada em 28 de agosto de 1951, originou o Dia do Bancário. Nesta sexta-feira, quando se comemora a data, constata-se que a história de desafios e conquistas dos bancários continua e exige mais união para a garantia de direitos.

A negociação salarial deste ano não foge à regra. Depois de dois anos de acordo, que vence no final deste mês de agosto, é hora de buscar a manutenção de benefícios, como o Saúde a Caixa, com justas adequações, e por melhorias salarias e de trabalho. Nesta campanha, empregados ainda reafirmam a defesa da Caixa como banco público.

Para celebrar o Dia do Bancário, a Fenae promoveria live em sua página do Facebook nesta sexta-feira (dia 28), às 19h, mas foi adiada, sem nova data para divulgação. O tema está ligado também à campanha Mexeu com a Caixa, mexeu com o Brasil.

Inspiração histórica
Na greve de 1951, os bancários reivindicavam reajuste salarial de 40%, enquanto os bancos queriam dar apenas 20%. Depois de 69 dias, quando foram realizados novos cálculos e revisão de índices pelo governo, a categoria conquistou 31% de reajuste.

Considerada a maior da história dos bancários, a paralisação teve sua data reconhecida como Dia do Bancário em 1952, por deliberação do 4º Congresso Nacional dos Bancários. A transformação em lei aconteceu, porém, somente em 1964 e trouxe mais mudanças, como a criação de sindicatos em várias partes do país.

De lá para cá, graças à organização dos trabalhadores, outros avanços foram obtidos. Os bancários, inclusive, são a única categoria do país com uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional.

Para os empregados da Caixa, o dia 28 de agosto só passou a ser comemorado a partir de 1985, também devido aos reflexos de greve histórica. Em 30 de outubro daquele ano, os trabalhadores do banco, até então conhecidos como economiários, fecharam 100% das agências e unidades em todo o país, para exigir jornada de trabalho de seis horas e reconhecimento à condição de bancários, o que implicava em direito à sindicalização. Ao final, as duas conquistas foram obtidas.
 

 

 

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