11/10/2019 01:05

No Outubro Rosa, associadas vestem a camisa da prevenção e contam histórias de combate ao câncer

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A programação do Outubro Rosa na APCEF-PR reuniu associadas em uma série de atividades durante o final de semana (5 e 6 de outubro). Palestra, café, aula de yoga e caminhada destacaram a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A realização teve a parceria de integrantes do grupo escoteiro Takashi Maruo.

O movimento em defesa à causa também revelou histórias emocionantes de sócias que tiveram câncer. Foi o caso de Eliane Maria Lopes da Silveira. Em janeiro de 2018, ela descobriu que estava com a doença no útero e começou a luta pela vida. “O tumor cresceu muito rápido e, em abril, já operei. Dois meses depois da cirurgia, meu marido morreu por causa de um câncer”, contou.

Em meio à sequência de sofrimentos, Eliane passou por uma quimioterapia – parecida com a de quem tem câncer de mama – e desabafa: “Cheguei ao fundo do poço”. Para sair dele, a sócia teve algumas motivações, sendo uma em especial. “Além do apoio da família, amigos e fé em Deus, nesse momento, é importante ter um objetivo: o meu era lembrar que tinha um filho especial e ele precisava de mim”, ensina.

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Fazer atividades regulares, como aulas de ginástica e caminhada, e cultivar amizades como as que têm na APCEF-PR também foram decisivos para Eliane vencer a doença. Entre as amigas associadas, está Rosi Nones, que tinha todas as condições de entender sua situação. Rosi teve um melanoma – pinta que mudou de cor e formato - em 2017 e câncer de intestino no ano seguinte.

“Tive dois diagnósticos de câncer. Graças a Deus e ao fato de buscar acompanhamento médico nos primeiros sinais que meu corpo dava e através de exames, nos dois casos, tive excelentes resultados, não necessitando de tratamentos drásticos”, contou a sócia. Devido a esse histórico, Rosi ressalta que o autoexame e os exames de rotina são muito importantes para prevenir a doença, relatando qualquer sinal diferente ao seu médico de confiança.

Instrução qualificada
A médica mastologista, Pâmela Ogassawara Bioni, confirma a informação de Rosi sobre procurar especialista conhecido ou indicado para esclarecer dúvidas. Segundo a médica, as mulheres buscam informações pela internet ou com amigos sobre o câncer, mas é essencial conversar com um médico para ter segurança nos procedimentos necessários, seja para prevenir ou tratar.

Pâmela afirma que dois fatores têm dificultado a busca por ajuda: o medo e o acesso aos exames. “Algumas mulheres ainda ficam receosas em procurar apoio. E quem busca ajuda, em postos de saúde, encontra a demora na realização de uma mamografia. Não é o caso do Sul do país, mas é a realidade de outras regiões”, observa a médica, dizendo que os exames devem ser realizados anualmente especialmente por mulheres a partir dos 40 anos.

Além de obesidade, consumo de álcool, fator genético e má alimentação, o sedentarismo é um fator que aumenta a possibilidade de ter a doença. “O câncer de mama é multifatorial, por isso, deve-se observar os itens de risco. Mulheres que fazem atividade física regular têm até 20% de chance de não desenvolver a doença”, alerta a mastologista. Como dica de cuidados, ela orienta fazer 30 minutos de caminhada cinco vezes por semana.

Conscientização de gerações
Na programação do Outubro Rosa, que foi aberta com a palestra sobre prevenção do câncer de mama, ministrada pela mastologista Maíra Dória, esteve presente em boa parte dela, Aléthea  Macena e sua mãe Olívia, de 82 anos. “É importante termos informação para se prevenir”, destacou a sócia, que levou também a filha Ágatha, de 13 anos, à caminhada no Parque São José. “Essas atividades são alerta sobre a doença que deve começar desde cedo”.

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Na sede de Curitiba, uma aula de yoga e café da tarde movimentaram as associadas, que vestiram camiseta rosa para defender a causa. “Foi muito importante a iniciativa da APCEF-PR em nos proporcionar esses eventos com informações de cuidados na prevenção contra o câncer de mama”, avalia Rosi Nones, que participou das atividades com sua amiga, Eliane. “Todo câncer tem cura. Basta seguir com toda prevenção para ser diagnosticado no início”.

Durante o café, foram sorteados vários brindes entre as participantes.

 

 

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