17/01/2019 16:04

Sócio se torna guia de atleta com deficiência visual e amplia sua visão de mundo

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Enquanto correm, Jorge Alberto Maia de Carvalho e Maria Aparecida Maia conversam e incentivam um ao outro. Apesar do sobrenome semelhante e a sintonia afinada, eles não são parentes. Há alguns meses, Jorge Alberto é guia da atleta e se dispõe a ser os olhos de corredores com deficiência visual.

A parceria com Maia, como é chamada Maria Aparecida, tem dado certo. O resultado veio com a conquista do primeiro lugar da corredora no Circuito de Rua de Curitiba 2018, promovido pela Prefeitura Municipal. Das quatro etapas, o associado foi guia em duas delas e a premiação aconteceu no final do ano passado.

Ampliando a visão
O interesse do associado em ser um guia teve início há um ano, quando ele viu um corredor conduzindo três pessoas que não enxergam no Parque Barigui. Desde então, ele começou a correr também em dupla e diz que essa experiência mudou sua forma de ver o mundo. “Aprendemos a valorizar o que vemos e ouvimos, quando estamos motivando quem guiamos. Aliás, percebemos que é o contrário, são eles é que nos motivam”.

Jorge Alberto também já conduziu Bernardo, um angolano que, além de não enxergar, ficou sem um dos braços, após ter sofrido acidente na explosão de uma mina em seu país. Apesar dessas limitações, incluindo ainda o uso de aparelho de surdez, o associado ficou impressionado com a agilidade do atleta. Bernardo corre 5 quilômetros em 20 minutos, enquanto ele faz a mesma distância em 23 minutos.  

O sócio guia faz parte do projeto Radar, que promove a inclusão social de pessoas com deficiência visual, por meio de caminhadas e corridas. Um dos encontros da iniciativa aconteceu na sede da APCEF-PR, no final do ano passado, e reuniu atletas e voluntários que servem de “olhos” para quem não enxerga ou tem pouca visão.

 

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