17/03/2022 11:42

Um mundo debaixo do meu chapéu faz público refletir sobre ter um mundo melhor

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Com o espetáculo Um mundo debaixo do meu chapéu, a Cia. do Abração trouxe ao palco montado na sede da APCEF-PR cenas inspiradas em filmes de Charles Chaplin, em que abordou temas atuais, como responsabilidade social e crítica à guerra. Em duas apresentações, realizadas nos dias 12 e 13 de março, a peça fez o público rir, emocionar-se e refletir sobre o que há embaixo do seu chapéu.

Apesar da pouca idade, Valentina da Cruz Dal Negro, de 5 anos, descobriu rápido a resposta. “Debaixo do meu chapéu tem amigos, sonhos, alegria e sentimentos”, declarou a sócia mirim, que estava acompanhada dos pais. Para sua mãe, Leandra Karina da Cruz, que trabalha na agência Vila Hauer, debaixo do seu chapéu tem muitas ideias e desejos de paz para esse mundo já tão castigado. Ela disse que gostou muito da peça, pois aborda temas importantes de maneira simples e com uma linguagem para as crianças.

A mensagem de esperança de um mundo melhor e a crítica social da peça chamaram a atenção da associada Lilian de Souza Machado. Ela participou da primeira sessão, com o marido e os filhos Henrique e Olivia Machado, de 6 e 3 anos, a convite dos primos. O sobrinho, Rafael Weber, faz parte da Cia. Abração e resume a importância da peça. “Embora Chaplin tenha vivido anos atrás, a maioria de suas mensagens continuam muito atuais”, reforça o jovem, que é aluno do grupo e diz que quer seguir a carreira de dublador.

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As lições de Carlitos

No espetáculo, três contrarregras brincam com a imagem de Carlitos, personagem que popularizou Chaplin, em recriações de cenas clássicas de seus filmes. A sequência da dança dos pãezinhos da produção Em Busca do Ouro, por exemplo, ganhou nova roupagem, com ritmo de samba e compartilhamento do pão entre os atores, como gesto de solidariedade.

Em outra cena, inspirada em O grande ditador, Chaplin aparece segurando um balão gigante, como se fosse o mundo, dando ordens e prendendo pessoas. Ao parar para pensar, o personagem troca seu quepe militar por seu chapéu e percebe que a paz é mais importante que a guerra.

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No espetáculo ainda foram citadas ou recriadas sequências dos filmes Luzes na Ribalta, O garoto, Tempos Modernos e Luzes na Cidade. “Apresentar esse ícone (Charles Chaplin/Carlitos) para crianças de hoje é como abrir portas para um novo jeito de caminhar, meio desengonçado, ingênuo, verdadeiro e cheio de esperança, combatendo o que não nos faz bem com o que mais simples existe: sendo humano”, diz o texto de apresentação da peça.

 

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