06/05/2020 22:45

Fenae defende atuação dos empregados Caixa no pagamento do auxílio emergencial

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O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, defendeu os empregados da Caixa e o trabalho essencial que eles desenvolvem nas agências, durante a esta pandemia do coronavírus, para o pagamento do auxílio emergencial à população. Em entrevista para a rádio CBN Campinas, nesta quarta-feira (06), Takemoto, falou sobre a urgência da descentralização do pagamento do auxílio emergencial para outros bancos e destacou o papel da Caixa neste momento de crise.

"Os empregados da Caixa estão fazendo um trabalho maravilhoso, colocando em risco a saúde para cumprir o papel da Caixa de atender a população brasileira, principalmente os mais carentes", afirmou Takemoto.

O presidente da Fenae destacou a reivindicação do movimento sindical e da Federação para que o governo federal e a Caixa façam a descentralização do pagamento do auxílio emergencial para outros bancos. "Sabemos que a Caixa tem uma estrutura maravilhosa. Já provou que é capaz de fazer o atendimento ao povo brasileiro. Mas, neste momento de crise, temos vários empregados em home office", explicou. Para ele, é fundamental a participação de outras esferas do poder público para aliviar as filas das agências. "Temos que colocar todos para fazer o atendimento à população, envolver as prefeituras. A Caixa faz um trabalho maravilhoso, mas essa aglomeração que está ocorrendo coloca em risco a população e os empregados", disse.

Na avaliação de Takemoto a crise serviu para mostrar que as empresas públicas são essenciais para o povo brasileiro e para socorrer o país neste momento de crise. “Não é a primeira vez que a Caixa tem um papel importantíssimo no momento de crise e é por isso que é uma empresa fundamental. Por isso, temos que defender não somente a caixa, mas todas as empresas públicas”.

A falta de planejamento do governo federal e da gestão da Caixa ao subestimar o número de pessoas que solicitariam o auxílio foi outra questão destacada pelo presidente da Fenae. Atualmente, são quase 100 milhões de pessoas cadastradas para receber o benefício e Caixa já pagou 50 milhões de pessoas. “É muita gente e o governo não conhece a realidade brasileira e subestimou muito esse número. Fizeram várias ações descabeçadas que prejudicaram o trabalho dos empregados da Caixa o banco ficou prejudicado", avaliou.

Para ele, é fundamental que o governo ouça as demandas dos movimentos sociais e sindical. “Só assim vamos dar andamento no atendimento que a população merece e precisa. A gente sabe que um país tão desigual, esses R$ 600 representam a sobrevivência das pessoas. Então nós queremos fazer o pagamento e atender da melhor forma possível”.

Questionado sobre possíveis soluções para enfrentar as filas que se estendem por todas as cidades, o presidente da Fenae reforçou a importância da descentralização do pagamento do auxílio emergencial, além de uma forte campanha para informar a população sobre os detalhes do benefício e o atendimento telefônico. "Infelizmente nenhum desses pedidos foi atendido. A consequência é o que estamos vendo em todas as cidades essa aglomeração na porta da Caixa", explicou.

A privatização da Caixa também foi um dos temas da entrevista. Takemoto condenou a política de privatização feita pela atual gestão do banco. "Essa é uma luta que estamos travando. Nós queremos a Caixa forte. Vendendo as partes lucrativas, a Caixa não terá capacidade de fazer todos os programas sociais tão importante para a população brasileira como Minha Casa Minha Vida, FIES e vários outros programas que são essenciais para a população do país", afirmou.   

 

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