19/10/2021 20:14

Em projeto da APCEF-PR, grupo de associados produz mudas para a troca de alimentos não perecíveis

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O espaço próximo à sede dos escoteiros, na sede social, está repleto de plantinhas de diversas árvores, como Cerejeira do Japão e outras frutíferas. Grupo de associados deu início ao projeto viveiro de mudas, que propõe o cultivo de sementes em latas e sacos plásticos, até germinarem e estarem aptas a ser plantadas em outros locais.

Com essa produção, a ideia é trocar cada muda por um quilo de alimento não perecível. “Nossa proposta é produzir mil unidades até 2022 e, com a troca por alimentos, favorecer instituições parceiras da APCEF-PR que atendem famílias carentes, agregando a preocupação com o meio ambiente”, explica o coordenador do projeto, diretor Clayton José Santos.  

 

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O objetivo nobre da iniciativa nasceu de uma visita a casa de Orlando Stolf, responsável pela conservação da flora da sede social e parceiro do projeto. Clayton conta que viu a dificuldade do amigo em preparar as mudas e decidiu propor que a ideia fosse aperfeiçoada e multiplicada, por meio de ação institucional e auxílio de pequeno grupo de pessoas.  

“Fiquei muito feliz em saber que o trabalho que realizo há oito anos com mudas de diferentes espécies se transformou em projeto. Minha fixação é a cerejeira do Japão, que floresce de junho até o começo de agosto. Eu preparava as plantas em latas de leite em casa e doava para escolas, associações, igrejas, ruas, até de outras cidades, como Penedo (RJ), Porto Alegre (RS) e Taió (SC)”, conta Stolf.  

A produção

Para preparar as mudas, o processo começa com a busca de insumos, o que implica, além de conseguir doações, na aventura de ter de subir em árvores ou colher sementes no solo. Nessa fase, Stolf conta que fez descobertas, como entender como funciona a quebra de dormência, que é o método para despertar mais rápido algumas sementes para germinar, pois elas podem ficar "dormindo" durante anos, aguardando as condições adequadas. "Precisei pesquisar a respeito e colocar algumas sementes na geladeira, para substituir o que fazem as geadas do inverno. Na verdade nós as 'enganamos' e ganhamos tempo", ressalta.

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Depois de prontas, as sementes são cultivadas em terra tratada, nas latas de leite ou sacos plásticos, até chegar ao tamanho ideal para serem doadas. O ambientalista ressalta que as latas já são preparadas para o plantio da muda, mas os plásticos precisam ser retirados antes, com pequenos cortes, pois não são absorvidos pela natureza.

Todo esse trabalho também conta com a colaboração de colegas associados, como Olga Pchek, que ajuda na área de divulgação, João Carlos Ultechak, Myrian Hauch e seu esposo, Humberto Rukuiza. Eles se reúnem principalmente às segundas-feiras pela manhã, para colocar a mão na terra e realizar a produção.

Para Myrian, que é aposentada, a experiência em ajudar na iniciativa é como se fosse uma terapia e só traz benefícios. "Estou dedicando meu tempo a uma proposta produtiva, que me faz feliz e ainda ajuda os outros. Isso é maravilhoso. Enquanto tem tantas pessoas fazendo desmatamento, estamos querendo reflorestar".

Até o fechamento desta notícia, 300 mudas haviam sido produzidas. Os associados que quiserem fazer a doação de alimento, ainda precisarão aguardar até o desenvolvimento de mudas, com previsão de entrega em janeiro de 2022. Enquanto isso, os interessados podem deixar o nome e telefone no setor de Atendimento (3083-1001) para contato.

Quem quiser participar do projeto, é preciso comparecer à sede social às segundas-feiras pela manhã ou indicar outro dia, informando o interesse no Atendimento. Assista também o vídeo do Conexão O Colega, que aborda a iniciativa.

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