05/10/2020 20:06

Live do Outubro Rosa destaca melhorias no estilo de vida como prevenção

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Em razão da pandemia, o Outubro Rosa deste ano começou com uma live sobre prevenção do câncer de mama, por meio de abordagem da saúde e medicina integrativa. A transmissão da APCEF-PR via Facebook, realizada em parceria com a AEA-PR e o grupo escoteiro Takashi Maruo na sexta-feira (dia 2), buscou responder à seguinte pergunta: o que as mulheres podem fazer em sua rotina para correr o menor risco de desenvolver essa doença?

Nas palestras, exibidas também pelo youtube da AEA, a médica Michele Martins e o master coach Ektor Martins apontaram um caminho como solução: os cuidados para evitar o câncer de mama começam muito antes da faixa etária crítica e passam pela reprogramação de hábitos. Criadores do projeto “Desinflame sua vida”, os profissionais enfatizaram a questão de forma multidimensional, com destaque especialmente para as áreas física, emocional e espiritual.

“É como um carro: quando compramos um, cuidamos, fazemos revisão periodicamente, botamos combustível. Mas e o nosso corpo? Por que não cuidamos dele agora? A primeira atitude contra o câncer de mama é se prevenir. Temos que fazer o agora para daqui a 10 anos colher uma boa saúde”, compara Michele, ressaltando que a questão genética representa de 5% a 10% das causas da doença, enquanto o jeito de se levar a vida equivale a 53%, segundo pesquisa de universidade americana.

Parte essencial desse cuidado preventivo está na alimentação. Segundo a médica, o corpo possui um conjunto de células chamadas de adipócitas, que podem sofrer sérios danos, em caso de dieta e comportamentos desiquilibrados. “Se seus hábitos forem ruins, essas células podem inflamar, de forma silenciosa, e virar câncer”. Para manter uma vida mais saudável, Michele recomenda algumas dicas: dieta restrita em carboidratos (com foco em carnes, ovos e vegetais), cuidado ao tomar antiácidos, troca de anticoncepcional por dio de cobre, exposição ao sol como consumo de vitamina D e prática diária de atividades físicas.

Na abertura do evento, a diretora sociocultural da APCEF-PR, Silvana Pabis, demonstrou preocupação com as associadas, especialmente as que trabalham na Caixa, no que se refere à rotina agitada. “Sabemos que muitas vezes as mulheres atuam em várias frentes, o que pode gerar descuido. O câncer de mama é o segundo que mais atinge as brasileiras e outubro é o mês em que chamamos a atenção para esse problema e os cuidados, que devem ser permanentes”, afirmou a diretora.

A prevenção abrange a mente também!
No início de sua apresentação, o master coach Ektor Martins lançou uma pergunta: “Por que ficamos doentes?” A resposta pode parecer complicada, mas na verdade é simples: por causa do próprio ser humano. “Somos condutores de nosso destino, responsáveis pelos nossos sentimentos. E esses comportamentos de hoje podem afetar o DNA que passaremos aos nossos filhos” explica o especialista, que citou a passagem bíblica de Êxodo 20:5, para exemplificar essa influência geracional.

Para Ektor, tudo passa pelo poder de escolha, o chamado livre-arbítrio, inclusive com relação à saúde. “Toda escolha que fazemos desencadeia uma consequência e arcar com as responsabilidades das decisões é uma necessidade”. Logo, o corpo humano responde à mentalidade que a pessoa decide aplicar para o seu cotidiano.

Não há como distinguir o que acontece nos pensamentos do que o organismo manifesta, observa o coach. “Nosso corpo é quem define se vamos ficar doentes ou não. Por isso, saúde existe quando alinhamos o que a gente pensa com o que está na nossa genética. Para fortalecer o físico, você precisa fazer o seu melhor, aceitar com modéstia e boa vontade quem você é”.

Para o presidente do grupo escoteiro Takashi Maruo, Heriel Brun, que intermediou as palestras, os especialistas ofereceram alternativas saudáveis que conscientizam as pessoas sobre o câncer de mama. “Fundamental que tenhamos a visão de profissionais competentes, pois eles ajudam com medidas simples a cuidar da saúde”.

O presidente da AEA-PR, Valfrido Oliveira, defende a prevenção como melhor caminho, mas alerta as aposentadas sobre a faixa etária de risco, o que requer maior atenção às alterações mamárias. “Nossas colegas são mais suscetíveis à doença, por isso, recomendamos que façam os exames com frequência. Quanto antes o problema for descoberto, mais chances se tem de cura”.

Sinais e o poder de decisão
A iniciativa do Outubro Rosa começou nos Estados Unidos na década de 1990, com o surgimento do laço cor de rosa, símbolo da luta contra o câncer de mama, e ações organizadas em cidades norte-americanas que depois se espalharam mundo afora. O diagnóstico precoce, por meio do autoexame e da mamografia, é fundamental para detectar eventuais tumores e, caso eles existam, começar o tratamento rapidamente, aumentando as chances de cura.

Tão importante quanto exames e tratamentos, no entanto, é a maneira como a saúde é tratada, reforçam os especialistas. “Pensar muito nos outros e esquecer de si mesma é um comportamento que pode desenvolver o câncer de mama”, aconselha Ektor. Esse protagonismo feminino na luta contra a doença é enfatizado por Michele. “Não é porque a mãe ou outra familiar teve câncer que se terá também. Você tem o poder de mudar isso!”.

Ao final, foram sorteados 23 brindes entre os participantes que se inscreveram na live.

 

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