17/10/2023 17:26

Manifestação de empregados marca Dia em Defesa do Saúde Caixa em Curitiba

Manifestageral2_SaudeCaixa.23.2.jpg

Empregados da Caixa Econômica Federal reuniram-se em frente à agência da Caixa, na Praça Carlos Gomes em Curitiba, nesta terça-feira (dia 17), como parte do Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. Com faixas e pronunciamentos de representantes de entidades, eles manifestaram insatisfação com a postura da Caixa nas negociações sobre a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do plano de saúde.

Protestos em frente de agências e unidades do banco ocorreram também em outras cidades do país, atendendo a convocação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fenae, entidades associativas e sindicais. O motivo principal é que a Caixa tem mantido a posição em limitar suas contribuições para o custeio do plano a um percentual fixado pelo estatuto da empresa, que corresponde a 6,5% da folha de pagamento. Isso resulta em um aumento médio de 85% nas contribuições feitas pelos empregados, o que tem gerado indignação.

"Queremos respeito da empresa, uma negociação transparente com acesso aos números efetivos para que possamos fazer cálculo atuarial e avaliar as propostas. Não aceitaremos nada que seja ataque ou aumento de tarifas no Saúde Caixa. Estamos comprometidos em garantir um modelo que assegure o pacto geracional, com a contribuição de 70/30 e o direito a um atendimento digno para todos empregados e suas famílias", afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região, Antônio Luiz Fermino.

Outro ponto de conflito, indicado pelos manifestantes, é que a área de recursos humanos da Caixa ainda não forneceu aos representantes dos empregados os dados necessários para a elaboração do estudo atuarial, que será usado pela consultoria contratada pelas entidades na discussão do tema. Para o presidente da APCEF-PR, Jesse Krieger, é lamentável a falta de transparência com os números apresentados à Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) nas negociações, ressaltando que o plano é parte integrante do contrato de trabalho dos empregados.

Manifestageral2_SaudeCaixa.23.2.jpg

"O Saúde Caixa não é uma despesa e, sim, um investimento na vida do trabalhador. Lamentavelmente, foi realizada uma alteração estatutária, em que a Caixa poderia ter elevado o percentual até 8%, mas estabeleceu 6,5% sobre a folha de pagamento. O que temos de defender é a manutenção do percentual de participação 70/30", pontuou Krieger, reforçando a necessidade do engajamento dos colegas para sensibilizar a direção em manter abertas e transparentes as negociações.

O vice-presidente da APCEF-PR, José Megume Tanaka, destacou a importância da união dos empregados em manifestações como essa que ocorreu na capital paranaense. "A união de todos irá garantir o Saúde Caixa para nós. Por isso, é muito importante a participação dos empregados nesses atos. No dia 30 de outubro estaremos aqui novamente e queremos mostrar nossa força, pois só assim vamos sensibilizar a Caixa e propor a manutenção do plano. Contamos com o apoio de todos", incentivou.

ManifestaSaudeCaixa_Tanaka.23.2.jpg


A orientação da representação dos empregados foi usar roupas brancas no dia da mobilização, como símbolo de unidade. Também ocorreram tuitaços e manifestações nas redes sociais, com a hashtag #QueremosSaúdeCaixa.

Por segurança e defesa de direitos

Segundo o presidente da Federação dos/das Trabalhadores/as em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR), Dionísio Schmidt, é essencial que os trabalhadores tenham segurança em relação à saúde. "Fazemos um apelo à Rita Serrano (presidente da Caixa), com todo o respeito, para que assuma uma posição de rediscussão do teto de gasto de 6,5% da folha, porque isso não permite manter a proporção de 70% para a empresa e 30% para o trabalhador", destacou Schmidt.

A secretária Geral do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região, Cristiane Zacarias, destacou que o Sindicato preza pela negociação coletiva e visa o melhor resultado para o maior número de pessoas. "É fundamental que os trabalhadores compreendam o que está em jogo e se mobilizem para defender seus direitos. Se permitirmos que a questão da saúde seja retirada, corremos o risco de perder outros direitos no futuro”, acrescentou Cristiane.

As manifestações dos empregados continuam enquanto buscam assegurar a transparência e a manutenção do Saúde Caixa nas negociações com a direção do banco. O atual acordo se encerrará em 31 de dezembro.

A Contraf/CUT, Federações e Sindicatos convocam a todos para uma nova manifestação, que está marcada para o dia 30 de outubro.

Compartilhe