Apenas cinco dias foi o tempo que separou a partida do casal de associados, Amélia Sakie Shinagawa e Alexandre Adir Maoski, vítimas de Covid-19. Aposentada da Caixa, ela morreu no dia 6 de abril, aos 66 anos, enquanto ele, professor aposentado, faleceu neste domingo (dia 11), aos 72. Amélia e Alexandre são exemplos do avanço da transmissão do coronavírus neste momento da pandemia e a necessidade de reforço nos cuidados sanitários.

Para o clínico geral, Carlos Armando Durski, que atende com frequência casos da doença, essa aceleração do contágio nos últimos meses se deve à nova variante do coronavírus, que tem alto poder de infecção. “Se antes quem entrasse em contato com uma pessoa que tivesse testado positivo, poderia desenvolver a Covid-19 em até 14 dias, com essa nova cepa, os sinais aparecem já no terceiro dia e leva somente mais 48 a 72 horas para comprometer os pulmões”, ressalta o médico, que é parceiro da associação.

Os sintomas dessa variante, porém, são semelhantes aos do vírus inicial, como febre, dor de garganta, fadiga e dores musculares. “O que muda é a velocidade da evolução do vírus, que pode atingir mais rapidamente os pulmões. Quando se percebe esses sinais, é necessário procurar logo um médico. Se o teste der positivo, 72 horas depois de atendido, o paciente precisará passar por uma reavaliação”, observa Durski.

A recomendação é que todos, mesmo aqueles que já tenham tomado a vacina contra a Covid-19, continuem adotando os métodos preventivos – distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos. “É importante evitar encontros sociais desnecessários, usar adequadamente a máscara e lavar bem as mãos, pois, até mesmo quem recebeu a segunda dose da vacina, pode se infectar”, orienta o clínico geral. Carlos Durski lembra ainda a importância de higienizar objetos pessoais, como óculos e celular.

A APCEF-PR manifesta seus sentimentos a familiares e amigos do casal Maoski, neste período de dor, estendendo-os a todas às famílias que também estão vivendo o luto.