2º Encontro dos Aposentados motiva o convívio social e a prática esportiva
Depois de mais de dois anos sem participar de um evento, por causa da pandemia, Leorineu Carvalho, 86 anos, retornou ao convívio social no 2º Encontro dos Aposentados da Caixa. Acompanhado do amigo Ronie Doetzer e respectivas esposas, ele estava encantado com o clima de confraternização e a estrutura da sede da APCEF-PR, após quase 35 anos sem visitá-la. Em parceria com a AEA-PR, o Encontro foi realizado no dia 31 de agosto.
“No evento, ficamos observando: alguns estavam com o cabelo mais branco; outros com pouco cabelo, mas foi gostoso rever os que estavam presentes e vibrando com esses encontros. Também fiquei feliz com a oportunidade de fazer novas amizades e apreciar o patrimônio espetacular da associação, com construções e jardim bem cuidados.”, avaliou Leorineu.
O sentimento de pertencimento e de motivação predominou no Encontro dos Aposentados, que teve atividades durante todo o dia, de café, passando por aula de yoga, almoço, palestra inspiradora, bingo, encerrando com café. Para Ronie, de 75 anos, a programação trouxe boas lembranças. “Tínhamos um grupo de amigos da Caixa que todo mês saía para jantar em casa ou em restaurantes. Era uma festa. Encontrar colegas, como ocorreu neste evento, faz bem para a saúde. Parece que nosso ânimo é renovado”, contou o aposentado.
Do sedentarismo ao topo do mundo
O incentivo para se manter ativo na maturidade veio também da palestra do triatleta Joel Kriger, de 68 anos, que subiu o Monte Everest. Com o tema “Suba, nade, corra, pedale...aproveite a paisagem”, título do livro sobre suas aventuras, Kriger contou como se tornou o brasileiro mais velho a chegar ao topo da montanha de 8.849 metros de altura, que fica no Nepal, país da Ásia.
Entre os pontos curiosos da palestra, o atleta disse que praticou natação até os 18 anos, fez uma pausa para se casar e só retornou à vida esportiva aos 50. Do período que deixou as piscinas até a faixa etária madura, foi um engenheiro de computação dedicado ao trabalho e sedentário. “Continuo casado com a mesma mulher e nado muito hoje”, brincou o montanhista, que tem três filhos e 11 netos, defendendo a ideia de que nunca é tarde para começar.
O interesse em se exercitar foi despertado por um amigo de trabalho, João Carlos Angelini, o Joca, que se aventurou com ele para Machu Picchi, no Peru, e, depois, foram ao Nepal fazer um trekking (caminhada por trilhas em meio à natureza). Quando Joel retornou ao Brasil, sentiu-se motivado a praticar uma atividade física e começou a fazer escaladas –, a primeira montanha que subiu foi o Pico do Aconcágua, na Argentina.
Depois, o atleta estabeleceu como meta a chegada ao topo dos outros seis maiores cumes do mundo, incluindo Denali, no Ártico, Kilimanjaro, na África, e o Everest, onde conseguiu a façanha de subi-lo na quarta tentativa. Também faz parte de seu alvo cruzar o Canal da Mancha, sonho que pretende realizar em 2023. “Parece coisa de maluco, mas estabeleci essa meta para ser a primeira pessoa a conseguir este objetivo, pelo desafio físico e exemplo para os outros”, explica.
Para fazer essas peripécias, o atleta reforça que é preciso de planejamento, atenção aos detalhes e cercar-se de profissionais experientes. “Em 2012 comecei a me preparar para subir o Everest. Digo e repito: qualquer um pode ir. Mas, para isso, é preciso ter conhecimento. No Brasil a gente não sabe andar na neve e, toda vez que se for para uma montanha e tiver guias, é preciso saber voltar sozinho, caso seja o único sobrevivente. É importante treinar e aprender”.
Ao final da palestra, Joel Kriger indagou os participantes sobre qual seria o seu Monte Everest e os incentivou a praticar atividades que prezem pela qualidade de vida, a começar por caminhadas. Quem quis saber mais sobre a história do atleta, recebeu o livro – dentro da quantidade disponível naquele momento, escrito pelo jornalista e vereador, Herivelto Martins. Cada exemplar foi trocado por doações financeiras, de qualquer valor, para a compra de cestas básicas.
Segundo a sócia atleta Célia Silvestre, a trajetória de Joel é uma inspiração, especialmente para pessoas de 50, 60 anos que achavam já ter pendurado as chuteiras. Para ela, o incentivo veio em um momento importante, no qual se prepara para as seletivas de tênis de mesa feminino da APCEF-PR para os Jogos da Fenae. “Como participo também dos Jogos dos Aposentados, conheço muitos colegas e foi uma experiência gostosa revê-los no Encontro, com comida boa e animação”, contou a sócia, que veio de Ponta Grossa (Na foto, é a terceira da esq. p/ a dir.).
Representatividade e movimento
Durante a programação, o presidente da APCEF-PR, Jesse Krieger, divulgou a candidatura de Rodney Trevisan, para deputado estadual. Ele destacou a oportunidade de eleger empregados da Caixa como representantes da categoria. “Apoio colegas desde 1992, quando preenchemos vagas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. O Rodney é uma pessoa séria, responsável, excelente profissional e defenderá nossos interesses”, observou Krieger, dizendo que não fala no nome da entidade, mas de forma pessoal.
O presidente da AEA-PR, Valfrido Oliveira, que também é diretor da associação, reforçou a candidatura do colega como opção de representatividade e conclamou os aposentados a se manter ativos. “Se você corria e o seu joelho não está bom, continue caminhando. Se mesmo caminhando está difícil, pegue uma bengala. Não podemos ficar parados. Convido todos aqueles que tiverem interesse a comparecer à AEA e à APCEF-PR, pois juntos somos mais fortes”.
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