11/01/2021 21:31

Caixa 160 anos: Live da Fenae e atividades em todo o país vão marcar o aniversário do banco público

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Um banco 100% público, que sempre esteve ao lado dos brasileiros e ajudou o Brasil a enfrentar crises econômicas, sociais e sanitárias. Assim a Caixa Econômica Federal chega aos 160 anos nesta terça-feira (12), com uma longa história de conquistas e muitos desafios no futuro. Para marcar a data, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) vai realizar uma live às 19h, com transmissão pelo Facebook e Youtube da Federação. 

Vão participar da live o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto; a diretora de Relações do Trabalho da Fenae e da Intersindical, Rita Lima; a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fabiana Proscholdt e o conselheiro fiscal da Fenae, secretário-geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb) e da coordenação da CTB Bancários, Emanoel Souza.
A live vai debater a importância dos empregados durante a pandemia e os desafios que as entidades vão enfrentar pelos próximos anos. Apesar de se manter 100% pública graças às lutas das entidades sindicais e associativas, a Caixa sofre duras ameaças de privatização no governo Bolsonaro e na gestão de Pedro Guimarães. 

A mais contundente foi a Medida Provisória 995, editada em agosto de 2020. A Medida permitiu a criação de subsidiárias da Caixa com objetivo de privatização. O documento perdeu a validade no dia 3 de dezembro, mas o período de vigência do documento foi suficiente para preparar áreas essenciais do banco para venda, como as ligadas à Caixa Seguridade e, inclusive, o banco digital. 

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, no pacote de ações para privatizar a Caixa, o governo e a direção do banco incluíram também o desrespeito aos empregados. “Metas desumanas, reestruturações sem planejamento, jornadas exaustivas e extrapoladas, atendimentos precarizados por falta de condições de trabalho e de mais de 20 mil empregados, PDV [Programas de Desligamento Voluntário] -  tudo isso faz parte da estratégia de passar uma imagem de ineficiência para a sociedade e tentar justificar a privatização”, alerta. “Mas a realidade mostra o contrário. O que seria da população mais carente se não fosse a Caixa e seus empregados durante o pagamento do Auxílio Emergencial? Graças aos empregados, que têm resistido a tudo isso para cumprir a função social do banco, 68 milhões de brasileiros tiveram condição de sobreviver nesta pandemia”, avalia.

O desrespeito aos trabalhadores provocou as entidades em defesa dos bancários a realizarem uma campanha de valorização dos empregados da Caixa. A Fenae, as Apcefs, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades sindicais e associativas se uniram para mostrar ao país a importância do trabalho destes bancários para socorrer metade da população brasileira durante a pandemia do coronavírus. A campanha começou no dia 28 de dezembro e vai até o aniversário DA Caixa, nesta terça-feira (12).

Tuitaço das 11h às 13h  -  A Fenae, Apcefs, Contraf/CUT e demais entidades e movimentos sindicais vão fazer um tuitaço com informações históricas sobre a Caixa e para chamar a atenção dos brasileiros sobre as ameaças que sofre o banco público e os impactos que a privatização pode trazer ao setores mais importantes do país. Participe também com as hashtags #Caixa160anos  #PrivatizaNão #MexeucomaCaixaMexeucomoBrasil

Outras atividades pelos 160 anos da Caixa – o aniversário da Caixa terá outras atividades por todo o país. Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura da Contraf-CUT e coordenadora da CEE/Caixa, explica que as entidades sindicais têm autonomia para realizar as ações nos estados, respeitando os decretos e as medidas de prevenção ao coronavírus. Apesar dos desafios, ela explica que há motivos para comemorar. “São 160 anos de mãos dadas com a população que mais precisa. A Caixa é o banco que permite a realização dos sonhos dos brasileiros. Começou com o sonho da liberdade, quando poupou dinheiro dos escravos para a compra da carta de alforria, o sonho da casa própria, da formação no ensino superior, da diminuição da desigualdade no país”, disse Fabiana. “Precisamos enaltecer essas conquistas e mostrar para a população que tudo isso pode acabar se as tentativas de privatização do governo e da direção do banco se concretizarem. Nossa luta é constante pela defesa da Caixa 100% pública, pela valorização dos empregados e por melhores condições de trabalho”.

Veja onde haverá manifestação

O Sindicato dos Bancários de Brasília vai realizar atividades em frente ao edifício-sede da Matriz I da Caixa, a partir das 11h. 

No Piauí, o Sindicato dos Bancários e outras entidades representativas dos trabalhadores no estado vão realizar uma manifestação na frente da agência da Caixa na Rua Areolino de Abreu, a partir das 8h30. 

O Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região realiza ato às 10h, na agência Grapiúna, em Itabuna. A manifestação será contra a privatização da empresa, em defesa da Caixa 100% pública e por mais contratações e melhores condições de trabalho aos empregados.

Em Belo Horizonte, o Sindicato dos Bancários de BH e região vai comemorar os 160 anos da Caixa com uma live no Facebook (facebook.com/bancariosbh) em que resgata o papel social do banco e a sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Será transmitida às 10h30 desta terça-feira, 12 de janeiro.

Em São Paulo também haverá manifestações. De manhã, às 10h, será em frente ao prédio do Brás. Às 14h as atividades serão em frente ao prédio da Caixa da Avenida Paulista. “Estaremos nas redes e ruas, respeitando as medidas de distanciamento social, defendendo os direitos dos trabalhadores. Serão atividades para denunciar a privatização, as metas abusivas, a sobrecarga de trabalho e da falta de empregados”, informou o diretor do Sindicato do Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Dionísio Reis.

 

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