10/02/2022 12:38

No almoço do Dia dos Aposentados, colegas celebram reencontro como terapia

Almocoabre_Jesse.22.1.2.jpg

Em tempos de pandemia, o reencontro de amigos e a recordação de histórias ganharam um novo sentido no almoço do Dia dos Aposentados: o de terapia mental. O evento, realizado em dois dias (29 de janeiro e 5 deste mês), por medidas de segurança, reuniu colegas que se aposentaram pela Caixa.

“A cada encontro, revemos amigos e rejuvenescemos. Estamos vivendo um momento de histórias tristes de pessoas que deixam saudades, mas também de muito aprendizado. Momentos assim, como o almoço dos aposentados, são benção nas nossas vidas e fortalecem a saúde mental e a afetiva”, observa Rita Teresinha Severino, que estava com seu marido Elcio Fuscolim e diz que esse foi o primeiro evento presencial na associação que participou, desde 2020.

Rita_amigos.22.1.jpg

Yoko Kitamura concorda com Rita sobre os laços de amizade ter um dom terapêutico. Segundo a associada, é importante saber se os colegas estão vivendo bem nesse momento e o almoço comemorativo, além de saboroso, proporciona essa possibilidade. “Com a pandemia, a gente se isolou e ficou com receio de sair, mas aos poucos vamos retomando a rotina e restabelecendo os contatos, com todos os cuidados”.

No almoço, Yoko reencontrou algumas companheiras de trabalho da agência Cehab (antiga central de habitação), entre elas Regina Migdalski, com quem não conversava pessoalmente há cerca de 10 anos. A sócia conta que via a colega apenas nas mídias sociais e ficou muito feliz em saber que ela estava com a autoestima elevada, após criar um espaço de entretenimento no Tik Tok.

Almocoaposenta_dia29jan.22.jpg

Aposentada desde 2018, Regina superou um câncer após o desligamento da Caixa e se reinventou com a pandemia. Fez diversos cursos, entre eles o Invenção 50+, que revelou seu potencial para o universo virtual. Em 2020, entrou no Tik e Tok e começou a abordar temas, que vão de amizade à dança. “Faço lives para entreter pessoas que se sentem só nesse período de isolamento. Hoje tenho 46 mil seguidores de várias partes do mundo”, conta. As lives ocorrem pelo endereço @reginamigg às terças e quintas-feiras.

Durante a comemoração do Dia dos Aposentados, que recebeu o apoio da Fenae, os associados puderam relaxar com uma massagem rápida, realizada por profissionais da área. Ao som de música ao vivo, tiveram a oportunidade de saborear pratos deliciosos, como salmão, mignon ao molho madeira e camarão.

Almocoaposent_dia5fev.22.jpg

Testemunha da história

O almoço também foi um momento de revisitar a história do Brasil, da Caixa e da própria APCEF-PR. Emílio Rodrigues Moreira ganhou sua carteirinha de economiário em 1977, durante a ditadura militar, e lembra que não havia eleições diretas no país, existindo apenas os partidos MDB e Arena. “Prefiro a democracia de hoje, bem melhor”, ressalta o associado, que estava acompanhado da esposa, comadre e colega.

Sobre a Caixa, destaca que o banco teve atuação decisiva em vários períodos cruciais do país, como o vivido agora, sendo gerenciador do pagamento de benefícios à população. “A Caixa sempre foi importante no pagamento de PIS e do Fundo de Garantia (FGTS), ao qual centraliza há algumas décadas”. Outro momento relevante, na opinião de Moreira, foi o do financiamento imobiliário, em que a empresa dominava o setor e continua dominando.

Moreira.jpeg

Na APCEF-PR, o aposentado teve participação direta no crescimento da entidade. Quando foi coordenador regional de Cascavel, na década de 80, apostou nas parcerias para a edificação da sede local. “Conversei com as construtoras sobre o terreno e o Ernesto Nogueira, superintendente da Caixa do Paraná na época, deu uma força para realização das obras. Cada um fez a sua contribuição e conseguimos concluir a sede”, conta Moreira. Desde 2015, ele mora em Curitiba com a família e, quando pode, visita a sede social.

Em seu pronunciamento, o presidente da APCEF-PR, Jesse Krieger, lembrou do tempo pedregoso em que assumiu a frente da entidade em 1997. “Em um sábado nublado, vim aqui com minha saudosa esposa Emília, que perguntou por que ninguém frequentava a associação. Nessa época a APCEF estava em uma situação difícil e não havia um número expressivo de filiações. De 1998 para frente, houve um aumento das adesões de empregados”.

Krieger informou que, mesmo com a pandemia, hoje 25 mil pessoas transitam na associação por mês. Segundo ele, a administração de uma entidade desse porte só é possível graças ao profissionalismo de diretores, conselheiros e da equipe de colaboradores. Ao final, homenageou os economiários aposentados. “Vocês construíram uma Caixa Econômica Federal, que deverá se perpetuar pela dignidade e pelos relevantes serviços prestados à população brasileira”.

 

 

 

Compartilhe