Neste 25º dia de greve, sem fechar o acordo nos dois dias de negociação, realizada na terça e quarta-feira (28), a categoria reforçou o movimento grevista em todo o país já que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) optou por não atender as reivindicações da categoria bancária. O Paraná encerra o mês, com a paralisação das atividades em 333 agências bancárias, sendo 5 financeiras e 7 centros administrativos.

Em Curitiba e região, a greve chegou a atingir 87% da categoria, mas os bancos privados Bradesco, Santander e HSBC recorreram aos interditos judiciais na tentativa de enfraquecer o movimento. A primeira decisão judicial revertida pelo Sindicato é contra o HSBC. A greve continua e segunda-feira (3 de outubro) promete ser mais forte.

Pelo acordo da Fenaban, a proposta vale para dois anos: mantêm-se os 7% de reajuste nos salários e abono de R$ 3,5 mil, agora em 2016, e faz-se reposição da inflação mais 0,5% de aumento real, em 2017. A oferta foi rejeitada na própria mesa pelo Comando Nacional, que orientou que os sindicatos realizem assembleias na segunda-feira para debater e organizar os rumos da greve.

A Fenae, juntamente com o Comando Nacional de Greve dos Bancários, espera que os banqueiros cheguem com uma proposta que contemple as reivindicações dos trabalhadores dos bancos. “Essa última proposta, com validade de dois anos (2016 e 2017), é um desrespeito aos empregados que pedem unicamente a garantia de seus direitos previstos em lei e nos acordos coletivos da categoria”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Até agora, a porcentagem de reajuste apresentada pela Fenaban foi de 7%. Esse percentual é abaixo da inflação de 9,62% e muito longe do pedido dos bancários que é de correção da inflação mais 5%, por isso a categoria completa mais um fim de semana sob greve nos seus postos de trabalho.

Assembleia
Em Curitiba, a assembleia de mobilização será na segunda-feira (3 de outubro), às 17h (primeira convocação). O encontro ocorrerá no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários.